Saudades de mim…

Saudades de mim…


Eu ‘tô ‘com saudade…
Saudade de mim e das minhas antigas crenças.
Saudade da minha antiga simplicidade no sentir e das lágrimas que brotavam facilmente ao ouvir uma música.
Saudade de ser menos cética, mais romântica e talvez até mais frágil.
Saudade de sentar em frente a esse pc e dos meus dedos fluirem milhões de palavras,confissões do que vai em meu coração,ou de algum desejo ardente de alcançar alguém.
Saudade de sentir meu peito pulsar naquele tumtumtum que tira o fôlego…
Saudade do tempo em que o piloto automático não estava ligado e o “Dane-se” também não.
As vezes, nos escondemos atrás de tantas armaduras para nos proteger que acabamos perdendo o tato que nos mantem em contato com a vida.
Até que ponto vale a pena se proteger? Até que ponto vale a pena se proibir de acreditar? Até onde se ganha em ser realista e, nada mais?
Não sei… Mas uma coisa é certa,ser criança é bem mais fácil que se tornar um adulto de pés no chão.

Camila Lourenço