Minha pequena livre

Quanto mais eu a prendia, mais ela escapava entre meus dedos.
Eu ficava ansiosa por ela, e quanto mais inquieta e angustiada eu ficava, mais apertado o seu lugar se tornava e mais necessidade ela tinha de ar.
Abri as mãos. Deixei-a voar. Agora a vejo em cada pequeno detalhe dos lugares por onde vou, e ela nunca foi tão minha como agora, quando já não corro em seu encalço, quando não a prendo mais entre as mãos.
A minha doce borboleta, felicidade.
Camila Lourenço