As vezes eu te amo mais que deveria e a minha ânsia pela tua presença inúmeras vezes quase me cega.
Fico desoladamente triste quando me engano reconhecendo em alguma pupila qualquer as retinas desses seus olhos benditos.
E a fé que todos os dias renovo? Fora os planos de um futuro bom no qual jamais deixei de te incluir.
Na sua ausência construí pedaços importantes do meu livro e agora que a cortina do mundo se abre pra mim eu ainda olho uma vez mais para trás, na busca incessante dos seus olhos fitando os meus… em vão.
O fio que me prende ainda é essa esperança quase maldita que tenho na vida, que me faz crer que num dia qualquer, quem sabe até amanhã, você simplesmente abra a porta da minha vida e entre de uma vez, me mostre enfim qual o som desse seu rosto, me conte seu nome e faça nesse peito que há tempos te pertence, seu lugar.
“Você existe, eu sei – Biquine Cavadão”
Camila Lourenço