Os olhos deveriam possuir câmeras. Filmadoras. Pra eternizarmos e guardarmos de forma mais concreta aqueles momentos que de vez em quando, faria bem reviver.
Como a primeira vez que seus olhos viram o mundo. Como a primeira vez que seu mundo em forma de retinas encontraram seu eterno porto seguro chamado mãe.
Reviver os primeiros passos, o primeiro beijo, a primeira palavra, a primeira ciranda, o momento do encontro com o primeiro brinquedo esperado. Reviver os momentos que ser feliz lhe parecia simples e alcançável. Reviver tudo nem que fosse revendo em câmera lenta todos aqueles momentos que te fizeram crer, sem perceber, que esse negócio de ser feliz até que existe sim.
De forma bem simples e clara, o bom seria mesmo é se existisse uma máquina do tempo para revivermos tudo aquilo que precisamos em alguns momentos para continuar, para acreditar. Pra ser feliz.
O primeiro eu te amo, a primeira vez que pegamos o filho no colo, o dia da formatura, a valsa do casamento, o último abraço da vó, o som da cantiga de ninar do avô, o último abraço do ente amado que se foi.
Mas, não há. (In)felizmente fomos limitados ao eterno agora, que de tão simples e presente, nem sempre é notado.
Se essa é nossa sentença final, estarmos presos num eterno presente que para a eternização de nossos momentos parece passar mais rápido que a velocidade da luz… se essa é nossa condição, eu te desejo sensibilidade o suficiente para perceber sentindo cada vão momento e cada cena mágica que todos os dias você protagoniza, mas nem sempre se dá conta.
*Paráfrase inspirada em uma frase do autor Nicholas Sparks.