Hoje em dia é quase impossível estabelecer algum tipo de conversa sem que algum assunto que envolva redes sociais entre em pauta , e foi dentro desse meio que observei um dos hábitos mais antigos que carregamos e que pouco notamos ou damos a atenção que deveríamos.
Você que me lê provavelmente tem ao menos um perfil em alguma rede social. Você já observou que de todas as postagens que você lê por dia (traduzindo, de tudo que as pessoas falam por dia), boa parte elas falam sobre pessoas que elas não gostam (ou vice versa)?
Os mesmos meios de comunicação que utilizamos para sermos ouvidos, expormos nossas opiniões, quer seja sobre política, Papa, violência, é também o instrumento que mais utilizamos para nos machucarmos.
Presencio tantas pessoas jogando indiretas por essas redes sociais afora pra pessoas que as magoaram, ou pessoas que elas simplesmente odeiam (sei lá porque), que sempre me pergunto: onde será que foi parar os diálogos entre amigos e amores que resolviam problemas e o “foda-se” pra quem não faz parte da nossa vida e portanto, não deveríamos dar a mínima sobre o que pensam ou não sobre nós?
Claro que todos nós já caímos em algum momento nessa tentação de resolvermos os problemas de forma indireta, usando nossos perfis nas redes sociais como se fossem nossos divãs e nossos porta-vozes de raiva , rancor e mágoa e é claro que boa parte de nós já paramos pra pensar (algum dia, eu espero) o quão desnecessário tudo isso é e o quanto de tempo e energia dispendemos com tais besteiras.
Se dentre as mais de 7 bilhões de pessoas do mundo, nos preocupamos e nos ocupamos justamente com as que não nos fazem bem, é com certeza o momento de revermos nossas escolhas.
Terminou um namoro e realmente não tem volta? Bola pra frente. Há outros amores (e dissabores) por aí a te esperar. Dê um tempo no stalk e nas indiretas, vá fazer algo que te faça realmente bem.
Grilou com um amigo? Chame-o pra conversar. Evite o expor, evite se expor. Nem todo mundo que te lê realmente quer o seu bem.
Odeia alguém? Deixe-o pra lá. Se você não o quer bem, pra quê perder seu tempo falando dele?
Alguém te odeia? Deixe-o pra lá mais ainda. Opinião a gente leva em conta de quem amamos e/ou de quem tem peso para realmente nos melhorar.
Um dos meus professores me disse algo muito sábio no meu primeiro dia de aula: “O artista/cantor precisa se conformar que sempre haverão pessoas que gostam do seu trabalho e pessoas que não gostam. Faça seu melhor pelos que gostam”.
Faça o seu melhor pelos que te gostam. No final das contas, são eles que importam.