Olhe sua raiva nos olhos

Estou relendo um livro que 99,9% dos homens nunca lerão e boa parte das mulheres também não, mas deveriam. É um livro repleto de lendas e enfrentamentos. A última que li era sobre a legitimidade da raiva.
A maioria de nós foge mais da raiva que político no Brasil foge da honestidade. Qd não estamos ocupados fugindo, estamos nos abominando por senti-la. Mas não deveríamos. Tem segredos que somente a raiva pode contar. Alguns “nascer do sol”, somente a raiva pode despertar.
Há alguns meses vi um filme que uma das falas era assim “se precisar quebrar as coisas, por Deus, quebre!”.
Somos criados pra acreditarmos em milagres, e eles realmente existem. Mas pra algumas coisas, milagre não é a solução, mas sim, o desenrolar de tds as estações.
O que você busca quando bebe até não suportar a ressaca no outro dia? Quem você busca quando espera que seu filho, bebê ou não, venha, supra e recompense toda dor da sua bagagem histórica? Na verdade, você tem fome de quê quando explode?
Exploda mesmo. Quebre as coisas. Beba até cair se sentir necessário. Ame seu bebê ou seu gato/cachorro mais que o mundo inteiro. Mas olhe no fundo das suas ações quando as executar.
Permita-se entrar em seu casulo até se ajoelhar de dor, de ódio. Talvez seja disso que ele precise pra ser rasgado.
Não menosprezar a raiva nem se julgar por senti-la, faz parte de quase tds as estações. E é bem ruim a encarar frente a frente, mas é a única forma de não permitir que ela se torne comandante.
Todo ódio guarda um segredo, uma dor, uma falta. O que o seu lhe diz?