Do que vale


Vale o tempo da conquista, do doce e do lero, lero.
Vale tentar o novo, engolir alguns sapos, aguentar certas barras por alguma razão maior.
Vale o passo demorado pra apreciar a paisagem.
Vale sentar e ficar mais um pouquinho pra conversar das nossas amenidades que trazem os sonhos pra brincar e ver o arco-íris da esperança.
Vale uma noite sem dormir por uma amigo, família, por um amor, por amor.
O que não vale é brincar de pique-esconde com os sorrisos por causa de orgulho.
O que não vale é não impor limites para as situações, para as escolhas e para as pessoas.
O que não vale é se prostrar pra chorar pra desanuviar a vida e não mais levantar.
O que não vale é estender uma briga, só pra terminá-la com o gostinho da razão.
O que não vale é fazer da insônia prato de todas as noites por coisas e pessoas que não dedicarão uma hora sequer por nós.
Vale a vida pela vida, o sorriso pelo sorriso, o sacrifício por um bem maior. Vale a lágrima. Vale a luta. Vale até mesmo a derrota. Só não vale sermos desonestos com nós mesmos a ponto de ignorarmos e evitarmos o que nos faz bem.
Vale olhar no espelho e ver além e através dos defeitos e lembrar que podemos ser melhores sim, mas não somos tão ruins quanto os ventos ruins querem muitas vezes, nos fazer acreditar.

“Mais uma vez – Renato Russo”
“Te desejo uma fé enorme.
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.”
|Caio F. Abreu|

Camila Lourenço