Mãos abertas

Mãos abertas

Deixar ir, como vento, como água de rio.
Soltar, como solta areia, como solta pássaro.
Quando somos crianças, nos agarramos desesperadamente a tudo que querem de nós tirar, com o tempo aprendemos que o desespero momentâneo passa e que as coisas que realmente são nossas nunca se vão pra sempre.
Aprendemos também sobre a lei do “bate-volta”, e também sobre a abundância que é essa coisa chamada vida.
Aí, deixamos ir, como a folha sob a água do riacho. E ao invés de lamentar, aprendemos pular na água e nadar.
Afinal, não há música na vida que não possamos aprender dançar.

Camila Lourenço