Cada uma das nossas decisões fez de nós o que somos hoje.
Não há espaço para lamentações e arrependimentos. As vezes é exatamente os nossos defeitos que fazem com que tenhamos uma marca autêntica nos papéis que a vida nos distribui.
Olhar com um ar compreensivo para nós mesmos é o que faz a grande diferença para que no amanhã possamos fazer escolhas que não machuquem tanto para ensinar.
Creio eu que pouca coisa na vida deve ser mais triste que conseguir ser definido por um adjetivo só. Quem com uma palavra só define toda sua vida e/ou características e já sabe como pode e vai agir e reagir diante de tudo, tem um dos castigos mais disfarçados que o mundo pode impor: O mal do previsível. A meu ver, poucos castigos são piores que não conseguir surpreender nem a si mesmo e acreditar mesmo que todas as vezes que o sol nasce, nasce igual.
É preciso mesmo uma dose de ousadia para fazer a vida valer a pena, e uma porção extra de coragem para arcar com as consequências disso.
Viver, eu já notei, é mesmo coisa para raros.
Camila Lourenço